sexta-feira, 15 de junho de 2012

Onde a grama é sempre verde!

   Andei por muitos caminhos, tantos que nem posso contar. Cada um deles me conduzia sempre para o mesmo lugar: um abismo profundo, escuro, sem amor e esperança. Quando escapava de um, logo caia em outro, como era difícil. Eu só queria encontrar sorrisos, paz e um amor verdadeiro. Sofria dores terríveis no coração, cheguei a pensar em problemas cardíacos. Recorri ao plano de saúde e encontrei um especialista que pudesse me examinar. Expliquei o que sentia e o médico checou meus batimentos, fez exames e o resultado foi animador: “Seu coração está ótimo”. Saí do consultório, aliviada, mas dias depois, a dor estava no meu peito a me sufocar.
   Meu coração não me deixava dormir, comecei a ficar desesperada, sem saber o que fazer para melhorar. Procurei terapeutas e neles encontrei remédios, um azul e outro vermelho juntos a cada seis horas. Passou, a dor passou, já não sinto mais nada, só quero dormir, assim evito cair em outro buraco; entretanto, não percebi que já estava dentro de um. As pílulas, após uns meses já não surtiam efeito, mais um esforço que deu em nada.
   Certo dia alguém disse que só existia um caminho pelo qual passaria e nunca mais seria a mesma. Perguntei qual seria e me apontaram a direção. Meus passos estavam acelerados, não conseguia pensar em mais nada a não ser encontrar o tal caminho. Encontrei uma cerca, enquanto estava do lado de fora observei um pasto muito verde, foi então que percebi que o lado onde estava não havia vida. De longe um homem vestido de forma simples conduzindo ovelhas, tantas que não se podia contar. Acenei e ele veio até mim. Seu rosto brilhava, seu sorriso tão bonito e os seus olhos, ah! Os olhos fitaram os meus com tanta profundidade que parecia ler o que estava em meu coração. Pedi para entrar e fui recebida com um abraço, quando percebi já não podia conter minhas lágrimas, pois com grande amor que aquele homem me acolheu.
   Suas palavras eram doces era como se ouvisse o som de muitas águas tranquilas. Ainda envolvida em seus braços ele me disse: “Eu sou a porta; quem entra por mim será salvo. Entrará e sairá, e encontrará pastagem.” (João 10.9). Ergui meus olhos e indaguei: “Senhor, quem és tu?”. Ele respondeu: “Eu sou Jesus” e “Eu sou o bom pastor, conheço as minhas ovelhas; e elas me conhecem”. (João 10.14). “A partir de agora você é minha ovelha amada e eu te dou uma vida abundante e aqui, no meu aprisco você sempre terá alimento e eu estarei contigo para sempre”.
   Desde esse dia, nunca mais fui à mesma, na verdade, hoje sou uma ovelha muito amada por meu pastor. Não preciso de remédios, pois pelas suas feridas fui curada, não vivo na escuridão de abismos, pois Ele me trouxe para a luz. Nele tenho tudo o que preciso, aqui a grama é sempre verde, a vida é sempre abundante.

::Kátia Brito
Lagoinha.com

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